Plástico nas Embarcações – Plástico reforçado com fibra de vidro
Plástico reforçado com fibra de vidro reina na produção náutica do país

Panorama – Plásticos nas Embarcações
Há diversas fontes que citam vários registros dos primeiros barcos construídos em plástico reforçado com fibra de vidro. Mas, em termos gerais, pode-se falar da década de 1940 como data para as primeiras embarcações realmente viáveis.
Graças ao desenvolvimento paralelo da fibra de vidro e das resinas de poliéster insaturado (inventadas na década de 1930), e ao fornecimento dos compósitos para uso em aplicações militares durante a Segunda Guerra Mundial, que estes materiais foram difundidos amplamente e passaram a ser aplicados nos barcos.
Quando a guerra acabou, essas tecnologias se voltaram para aplicações civis.
O Tod Dinghy 12’ foi uma das primeiras embarcações fabricadas com plástico reforçado com fibra de vidro no mundo, e considerada a primeira na Europa.
De qualquer forma, no Brasil, somente em meados da década de 1960 o uso deste material passou a ser difundido no mercado naval.
A indústria nacional ainda tem muito potencial de crescimento, mas já avançou bem de uns tempos para cá. O setor passou por mudanças que culminaram em um movimento de expansão sem paralelo na sua história, segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos (Acobar).
O aumento da renda do consumidor brasileiro teve sua contribuição. Novos usuários compraram sua primeira embarcação, e quem já a possuía, investiu em modernização e na troca por exemplares mais sofisticados.
Por si só, essa indústria já deveria ser grande. O clima e as características geográficas do país favorecem investimentos na área.
Até por isso, os estaleiros especializados na produção de embarcações contam com uma diversificada oferta de produtos. São caiaques, pranchas a vela e motos aquáticas, além de iates e veleiros de longo curso.
As primeiras operações industriais nesta área surgiram no Rio de Janeiro e em São Paulo, hoje os dois estados ainda concentram a maior demanda do setor.
Na década de 1970, surgiram as primeiras empresas especializadas na produção de equipamentos e acessórios náuticos.
No entanto, esta indústria despontou na década de 1980. Nessa época, houve um crescimento no número de estaleiros e surgiram novas operações industriais também nas regiões sul e nordeste.
Em meados dos anos 90, o mercado começou a confirmar seu potencial e a ser desenhado mais ou menos ao que é hoje. Aliás, as regiões sudeste e sul absorvem cerca de 85% dos estaleiros. São Paulo detém a maior parte (35%), sendo seguido por Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Segundo relatório anual publicado em 2011 (dado mais recente disponível no mercado) pela Icomia, a associação internacional de fabricantes de barcos, a indústria náutica movimenta mais de 83,5 bilhões em todo o mundo.
Não por acaso, a Acobar participa da Icomia. Existem somente seis países com direito a voto no conselho e o Brasil é um deles.
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