Fabricante de peças de ABS investe em automatização

A Docol Metais Sanitários investiu cerca de 10 milhões de reais na automatização do processo de galvanização das peças feitas de copolímeros de acrilonitrila butadieno estireno (ABS).
A fabricante prevê elevar sua capacidade produtiva em torno de 70%.
A automação do processo de galvanização também acarretou novos ganhos operacionais.
Os controles dos parâmetros do banho (temperatura, dosagens, movimentação e filtragem, entre outros) deixaram de ter a interferência direta dos operadores.
Ou seja, essa tecnologia minimizou falhas, gerando estabilidade no resultado e reduzindo o percentual de refugo das peças.
Além disso, os procedimentos de controle passaram a ser feitos também via monitoramento on-line – realizado de celulares e computadores, ou off-line – por meio de alarmes.
Na sua linha de produção, as peças de ABS se restringem a componentes dos produtos finais, ou seja, canopla, porta-letra, botão, entre outros.
“A opção por ABS vem suprir uma necessidade de criar geometrias mais diversas, entretanto, a maior parcela do portfólio é composta de peças metálicas”, explica o gerente de tecnologia da Docol Metais Sanitários, Luis Daniel Lemisz.
Segundo ele, existe demanda para diversos tipos de acabamentos, porém a galvanização confere ao produto uma aparência mais atraente, o que chama a atenção dos consumidores, além de garantir uma maior durabilidade do produto.
Em geral, o processo de galvanização gera uma grande quantidade de efluentes líquidos carregados de metais pesados que precisam ser tratados antes do descarte.
Para dar conta desse problema, a empresa adotou equipamentos de purificação de água, o que, segundo Lemisz, reduz significativamente a emissão de efluentes líquidos.
Além disso, o processo automatizado permite uma dosagem mais efetiva no banho, o que reduz o volume de metais para as águas de lavagem das peças.
“Toda a água passa por uma estação de tratamento, não gerando, portanto, impacto ao meio ambiente”, observa.
A qualidade final do produto depende da qualidade da peça injetada, pois eventuais defeitos podem ser evidenciados instantaneamente ou ao longo do uso.
Por este motivo, a Docol optou por responder por todas as etapas do processo de injeção e cromagem de peças de ABS.
“Injetamos internamente, pois precisamos ter estes parâmetros sob controle, e porque nenhuma empresa terceirizada supria esta demanda por qualidade”, comenta o gerente.
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