Extrusoras – No campo das extrusoras, o destino final das máquinas também influencia os negócios. A Wortex tem como principais clientes as empresas ligadas à reciclagem de materiais. “O mercado está meio maluco, todo mundo está esperando o que vai acontecer. Não há uma visão linear do comportamento do mercado, às vezes vendemos um equipamento, às vezes tudo fica muito devagar”, explica o diretor Paolo de Fillipis. A empresa conta com linhas completas para reciclagem, que abrangem dos equipamentos para seleção e triagem dos resíduos até a granulação do material.
O segmento da construção civil é um dos que mais vem sofrendo com a crise econômica. Esse fato gera impactos bastante negativos para as fornecedoras de extrusoras indicadas para a produção de tubos, perfis, forros e cabos, entre outros produtos utilizados nas obras. “O ano começou com pequena melhora, mas depois da greve dos caminhoneiros parou. Até fazemos algumas cotações, mas a redução nas vendas tem sido bastante drástica”, informa Enrico Miotto, presidente da Miotto. A empresa conta linha bastante completa de máquinas para essas aplicações.
Outra que sofre pelo mesmo motivo é a Extrusão Brasil. “Esse ano está igual ao ano passado, o mercado está muito difícil. Na verdade, a crise vem desde 2015, quase ninguém está comprando máquinas”, conta Carlos Renato Borges, diretor comercial. A empresa conta com linha completa de extrusoras para essas aplicações, entre as quais, um modelo anima o dirigente. Ele acredita que nos próximos anos o mercado brasileiro vai passar a produzir com força as telhas co-extrudadas cujo material base é o PVC. “Com a paralisação das linhas de produção das telhas de amianto, abriu-se um potencial enorme de crescimento na fabricação desse produto nos próximos anos”.
Periféricos – Os bons resultados obtidos pela automação das linhas de produção têm colaborado com o desempenho dos fornecedores de equipamentos periféricos voltados para alimentação e transporte do material no chão de fábrica e outras operações. “Durante o período mais agudo da crise, conseguimos manter razoavelmente nosso mercado e já no ano passado apresentamos um grande crescimento”, diz Ricardo Prado, vice-presidente da Piovan do Brasil. A recuperação continua este ano. “Na minha opinião, mais pelas soluções que oferecemos e suporte dedicação do nosso time ao cliente, do que propriamente pelo mercado mais ou menos aquecido”.
A italiana Moretto, com escritório de vendas no Brasil, vive situação semelhante. Suas vendas este ano estão no mesmo patamar do ano passado. O resultado é comemorado porque em 2017 os negócios apresentaram crescimento na casa dos 15%. Para Alexandre Brasolin Nalini, diretor comercial do escritório local da Moretto, as vantagens de se investir na automação estão bem disseminadas entre as principais indústrias transformadoras do país.