Pacote de café colombiano é feito só de PE, sem metalização
Embalagem: Só Polietileno – Estudos sobre a reciclagem das embalagens flexíveis multimateriais não impedem os fornecedores de resinas de buscarem produtos que possibilitem estruturas de embalagens mais simples, se possível, feitas com uma única resina.
A Dow, por exemplo, desenvolveu uma solução de stand up pouch confeccionado apenas de PE.
Marcus Carvalho, gerente de marketing para alimentos e especialidades plásticas da DOW
“Ela já está sendo utilizada aqui no Brasil, em mercados como alimentos congelados e limpeza doméstica”, informa Marcus Carvalho, gerente de marketing para alimentos e especialidades plásticas da empresa.
“Também desenvolvemos uma solução para a termoformagem sem PA, para embalagens de produtos frescos de origem animal”, acrescenta.
No portfólio de PE da Dow, há opções como a resina Elite AT que, ao proporcionar características de barreira, permitiu que no ano passado a marca colombiana de café Pergamino passasse a ser comercializada em uma embalagem feita com essa resina, sem a metalização usual.
No Brasil, em parceria com a fabricante de embalagens Videplast, a empresa desenvolveu o VP30, filme de PE que, mais resistente, permite a produção de filmes menos espessos e, portanto com menos resina, já utilizado em embalagens de arroz.
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“Temos também a linha de resinas Innate TF, que permite a produção de PE bi-orientado, já em uso em outros mercados e em desenvolvimento na América Latina, pois exige máquinas específicas. É uma potencial ferramenta para estruturas monomateriais de PE”, enfatiza Carvalho.
Também a Braskem construiu, em parceria com a fabricante de embalagens Antilhas, um stand up pouch feito apenas de PE, para uso em alimentos e produtos de higiene pessoal e doméstica.
E, em um projeto conjunto com a Vitopel, desenvolveu uma resina de PP que possibilitou substituir um filme de PET/PE por uma solução BOPP/BOPP em embalagens de cereais infantis da Nestlé.
Américo Bartilotti, diretor dos negócios de embalagens e bens de consumo da Braskem
“Importante ressaltar que não houve qualquer comprometimento da barreira ao oxigênio e ao vapor d’água nessa solução, com as vantagens de menor peso da embalagem; manutenção da velocidade na linha de envase; e reciclabilidade total”,
ressalta Américo Bartilotti, diretor dos negócios de embalagens e bens de consumo da Braskem.
Já existem, ele relata, também tecnologias de embalagens monomateriais transparentes, com altíssima barreira ao oxigênio e ao vapor d’água, que competem com soluções multimateriais nas quais são incluídas resinas como PA, EVOH, PVDC, PVOH (por “altíssima barreira”, ele considera valores de oxigênio abaixo de 1 cm³/m².dia.bar, e umidade abaixo de 0,3 g/m².dia).
“Soluções monomateriais com esse nível de proteção podem ser desenvolvidas por dois caminhos: um deles é a metalização transparente, que ainda não temos no Brasil, mas que alguns produtores de filmes – como Celplast, Jindal, Amcor – já divulgam fora daqui”, especifica Bartilotti.
“Há também a opção por coating, que a Braskem já avalia e testa”, acrescenta.