Chega de vilanizar o plástico! ABIEF

Sabe aquela frase clássica: “uma imagem vale por mil palavras”?
Pois é, e desta vez não estamos vendo uma sacolinha ou qualquer outro item plástico.
Estamos vendo uma máscara, item que se tornou questão de sobrevivência durante a pandemia.
Esta imagem, como todas as demais amplamente divulgadas de sacolinhas, canudos e outros objetos – plásticos ou não – poluindo oceanos, praias, campos, ruas, mostra claramente que o problema não está no plástico.
A questão é muito mais complexa e passa por responsabilidade e educação.
Responsabilidade do poder público de coletar e destinar corretamente o lixo urbano; responsabilidade da indústria de reciclá-lo e devolvê-lo para a sociedade com outra utilidade; e educação do consumidor para descartar todas as coisas corretamente e parar de imaginar que seu entorno é uma grande lata de lixo.
Por isso as perguntas são recorrentes.
Por que tanta irracionalidade em relação aos plásticos?
Será que não existe um pensar mais científico e baseado em dados e fatos reais, além da defesa irracional em nome da ecologia?
Que lobbies são esses que querem tanto substituir um material por outro?
E por que os legisladores não fomentam a inclusão de campanhas, em todas as esferas, para conscientizar e educar a população sobre o correto descarte de qualquer produto pós-consumo?
Chega a dar saudades do icônico personagem dos anos 70, o Sujismundo…
E, realmente, não estou fazendo uma apologia ao lixo; só estou chamando a atenção da sociedade para uma injustiça.
Sem o plástico, não teríamos chegado ao ponto de evolução – em todas as áreas – a que chegamos.
Mais simples: imaginem o mundo pandêmico sem plástico; sem seringas, sem copos e utensílios descartáveis, sem bolsas de sangue, sem equipamentos para intubação, e por aí vai.
Já pararam para pensar que os descartáveis plásticos foram criados com um propósito?
E, diga-se de passagem, um propósito nobre: o de salvar vidas, seja em ambientes domésticos ou hospitalares, por evitarem a propagação de contaminações.
Não há como negar que o plástico está diretamente ligado aos avanços da medicina, da saúde e da higiene pessoal e doméstica.
Também é inegável – embora pouco sabido – que TODOS os plásticos são 100% recicláveis.
Outro exemplo: todos os automóveis carregam em média 30% de plásticos na sua estrutura.
Assim, peço que todos parem, respirem e pensem: onde está o real problema, no plástico ou no ser humano?

Ao invés de apontar culpados, precisamos mudar o rumo das coisas a partir de campanhas de educação e de conscientização, além de acionar o poder público a investir em saneamento e em sistemas eficientes de coleta seletiva.
Não precisamos de vilões, precisamos de ações!
O ser humano sempre teve a capacidade de pensar, mas ultimamente tem engolido informações sem antes processá-las.
Compram ideias, abraçam causas, mas não colocam inteligência em suas avaliações.
Hoje é o plástico, amanhã será o material A, B ou C e o problema continuará sem solução. Fica a provocação inicial:
VAMOS BANIR AS MÁSCARAS, ENTÃO???
Texto: Rogério Mani
Rogério Mani é empresário e Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis – www.abief.org.br.
Abief
Desde sua criação em 1977, a ABIEF mantém firme o propósito de defender os interesses da indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis. E os mecanismos para tal evoluíram junto com a entidade nestes 41 anos. Hoje todo o planejamento estratégico da ABIEF é permeado por conceitos de compliance e pela total transparência junto aos seus associados, ao mercado e à sociedade.
A ABIEF busca ainda a permanente adequação às novas diretrizes dos mercados nacional e internacional, renovando, diariamente, o compromisso assumido com os principais objetivos traçados em sua criação.
Mais informações: http://abief.com.br/home
Leia Mais:
- Influência do tipo de cera em blendas poliolefínicas para fabricação de sacolas plásticas
- Conar suspende a campanha das APAS contra as sacolas
- O embate das sacolas ; Indústria do plástico acirra defesa contra pecha de vilã
- Entidades propõem consumo consciente de sacola plástica
- ABIEF; Embalagens plásticas flexíveis: o crescimento continua