Brasilplast 2011 – Aditivos – Indústria prioriza inovação e fórmulas mais eficientes

Isso porque a empresa conta com grandes fabricantes na retaguarda. No portfólio de aditivos da Nexo as principais linhas são de antioxidantes, protetores à luz e deslizantes. “Com esses três produtos, estamos falando de volumes superiores a 5 mil toneladas por ano”, comentou Rocha. Fabricante de aditivos desde 1965, a Songwon Industrial se tornou uma das líderes globais em seu segmento. “A empresa é verticalizada. Nós conseguimos ser bastante competitivos porque produzimos nossa matéria-prima”, explicou Rocha.
Não por acaso, a fabricante avança no ritmo da aquecida demanda do Oriente Médio. Por isso, expandiu a capacidade produtiva de antioxidante fenólico e anunciou a compra da empresa indiana High Polymers, produtora de antioxidantes e estabilizantes à luz. O incremento foi da ordem de 10 mil toneladas de antioxidantes.
A Fine Organics também fortalece os alicerces da Nexo entre os fornecedores de aditivos. Especializada em produtos derivados de óleos vegetais nas categorias deslizantes, desmoldantes, lubrificantes e antiestáticos, essa empresa indiana é considerada a segunda maior produtora global de agentes deslizantes. Aqui no Brasil sua visibilidade só tende a crescer. Rocha aposta alto nos aditivos de origem vegetal, como uma tendência confirmada. “Vejo que é um caminho sem volta, pois as políticas sanitárias estão cada vez mais fortes, estamos falando de segurança alimentar, e esse é um tema cada dia mais importante”, enfatizou.
Economia – Ao falar de uma das novidades da fabricante de especialidades químicas Croda, o IncroMax 100, um agente deslizante para PET, o gerente de vendas da área de polímeros da Croda, Juan Yacianci, também apontou os ganhos promovidos à sociedade. Segundo ele, o produto economiza energia durante o processamento da resina e reduz a fricção de superfície em até 60%. Outra maneira de contribuir, para ele, se dá com uma linha de aditivos para biopolímeros, sobretudo PLA. Aliás, a empresa está ampliando a capacidade produtiva do portfólio “verde”. “Hoje o mercado está desenvolvendo muitos produtos para tornar os plásticos verdes economicamente viáveis”, comentou.

Mas o lançamento da unidade de negócios de polímeros da Croda se referia à nova geração de absorvedor UV. Trata-se do Solasorb UV, uma tecnologia patenteada de óxidos metálicos ultrafinos. O desenvolvimento se propõe a garantir dispersão estável e otimizada, a fim de reduzir a reaglomeração do aditivo, e apresentar baixos níveis de migração. “É uma tecnologia já utilizada por nós em cosméticos”, comentou Yacianci. A linha, segundo testes divulgados pelo fabricante, oferece absorção UV consistente em uma ampla faixa de comprimentos de onda, comparado a aditivos orgânicos, como benzofenonas e benzotriazoles. O produto é indicado para aplicações com ou sem contato com alimentos.
A multinacional inglesa Croda, bastante conhecida no mercado de cosméticos, se solidificou no setor dos plásticos após a aquisição da Uniquema, em 2006. Segundo o gerente de vendas Marcos Roberto Cassoli, o negócio permitiu à empresa a penetração no segmento de especialidades. A linha Crodamide, de deslizantes e agentes antiblock, é o carro-chefe da unidade de polímeros, em termos de volume, segundo Cassoli.
Durante os cinco dias de exposição, a Milliken Chemical, divisão especializada em aditivos para plásticos da multinacional de produtos químicos e têxteis Milliken & Company, explorou a economia de energia e o aumento de produtividade conferidos pelo Millad NX 8000. O produto não é novo, no entanto, uma outra faceta sua foi revelada, além dos atributos estéticos designados às peças, promovidos no passado à exaustão. “Sempre focamos a transparência, hoje, com a nova geração, percebemos que o aditivo também pode oferecer ganhos operacionais”, explicou Claudia Kaari Sevo, gerente de desenvolvimento de mercado de aditivos para plásticos da Milliken.
Segundo a fabricante, o produto assegura a redução da temperatura do processo, mantendo as propriedades da peça inalteradas, e também eleva a sua produtividade em até 20%. De acordo com Claudia, para obter a transparência, as temperaturas do processo em geral devem ir de 230ºC a 240ºC, e o Millad NX8000 permite variação de 190ºC a 200ºC. Na prática, testes indicaram que o uso de resinas aditivadas em um pote para alimentos de 200 gramas, com molde de duas cavidades, rodando em uma injetora hidráulica, diminuiu o tempo de ciclo de 30,8 segundos para 27,7 segundos. Outro exemplo divulgado pela companhia durante a Brasilplast dá conta de uma caixa plástica de 410 gramas. A transformação se deu em uma injetora híbrida, com o ciclo passando de 14,5 segundos para 12 segundos.
Os benefícios no processo também eram o mote da família de agentes hipernucleantes Hyperform apresentada no estande da Milliken. Indicados para o uso em PE e PP, em processos de injeção, termoformagem, sopro e extrusão, os aditivos foram expostos em quatro versões: HPN-68L, HPN-20E, HPN-600 e HPN-803. Claudia ressaltou a estabilidade do processo, a promoção de mais rapidez do ciclo e as melhorias na qualidade da peça. No caso específico da injeção de uma cadeira de quatro quilos, a linha reduz, segundo estudos da companhia, o tempo do ciclo em 16% e o do resfriamento em 42%. Nos filmes de PP, o agente hipernucleante demonstrou a capacidade de elevar a barreira à umidade e a resistência ao rasgo.